sábado, 30 de janeiro de 2010

Se nossa ordem do dia for abalada o que nos restará?

A possibilidade de mudança gera vertigens. O risco causa náuseas. Nos jogaremos do abismo? Acordamos e cremos que caminhamos para um lado. Eu sempre quis ser uma pessoa bem sucedida. O lado estava errado. No espelho vejo nada meu. É preciso registrar tudo. No mundo nada meu. A legitimidade está nas informações estatísticas e comprovadas em métodos. Sistemas. As mancúspias rodam em velocidades incompreensíveis, percorrem fibras óticas, bluetooth, megabytes... É preciso estar atento: café e cocaína para não parar, maconha e cigarro para não explodir, antidepressivos para existir. Em caso de persistência dos sintomas procure orientação médica. Persistência é um mal à ordem do dia. Vírus! Tem vírus em tudo! Nos autodestruiremos. Só consigo me pensar enquanto massa, quando penso em qualquer potência de ação desisto. Cabeças de ilhas de calor. Efeito estufa. Desigualdade. Virtualidade. Pontadas agudas. Guerras civis e bombas atômicas prestes a saírem pelo occipital. Algo explode por dentro. Descartável, vontade de me jogar fora.

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